RP2 e a Dança

Por favor leiam primeiramente e atentamente a fundamentação didático – pedagógica do Método RP2

Tanto no mundo da Dança quanto no mundo dos Esportes, a solicitação corporal performática é primordial para resultados positivos e obtenção de sucesso. Essa performance está diretamente ligada à movimentação especifica e técnica de cada modalidade.

A qualificação de uma “ação motora” , seja ela cotidiana ou performática, está justamente no equilíbrio entre os parâmetros flexibilidade e força. De acordo com nosso querido mestre prof Ângelo Gaiarsa “ toda nossa organização motora é feita de oposições funcionais. Flexores e extensores, adutores e abdutores, pronadores e supinadores etc... são oposições notavelmente complexas e sutis”.

Ao falarmos sobre a Flexibilidade na Dança logo nos vem à mente, gramdes amplitudes de movimento (estáticas e dinâmicas), entretanto não devemos nos esquecer da palavra “controle”.

Portanto Flexibilidade – Amplitude de movimento – Controle = organização interna.

Trabalhando diretamente com atletas e bailarinos constatei que os mesmos quando iniciam suas atividades, seus treinamentos, iniciam com amplitudes que de certa forma já ultrapassam seus limites corporais estruturais.

Pude observar também que a automatização, muitas vezes distorcida em relação aos planos dominantes e individuais, posturas, trajetórias e amplitudes, aos nossos olhos se apresentam perfeitas, técnicas, mas que quando partimos para a análise constatamos que as estruturas através de um número interminável de repetições acabam se entregando e se ajustando à necessidade da movimentação específica da modalidade.

Pois bem, é dentro de um trabalho de Flexibilidade que está embutido o refinado processo analítico do todo corporal, associado às possibilidades mecânicas de movimento e aos referenciais corporais qualitativos.

Esse processo engloba desde a singela descoberta da amplitude de um determinado movimento, no contexto da realidade corporal, limites e possibilidade, até o seu aprimoramento, objetivando o máximo de eficácia e funcionalidade do aparelho locomotor.

O Método RP2 apresenta 3 propostas diferenciadas:

1 - A Flexibilidade e a saúde estrutural dos bailarinos. Objetivando o equilíbrio pleno da funcionalidade de todas as estruturas corporais e suas conexões inteligentes. Trabalho direcionado à realidade corporal de cada bailarino – dados biométricos – na neutralidade das articulações, posições biomecanicamente estabelecidas.

2 - A Flexibilidade dentro do contexto coreográfico. Análise de todas as figurações coreográficas e suas dinâmicas. Aplicação estratégica direcionada para as amplitudes apresentadas no contexto coreográfico.

3 - A Flexibilidade e as grandes amplitudes (performance)





D e p o i m e n t o s



RP2 – TRAJETÓRIA E CONEXÃO
O chão é um referencial importante no que se refere às direções do corpo em relação ao espaço, alinhamento ósseo, limites das articulações e à percepção do peso.
No RP2 ele é mais do que uma simples referencia. É um aliado da gravidade.
Praticando a RP2 em pé, sentados ou deitados, é essencial a continuidade da manutenção do contato com o chão durante as trajetórias de uma postura à outra. É através desse contato que se estabelece uma conexão das extremidades com nosso centro de força, ativando equilibradamente as principais articulações dos segmentos. Ao mesmo tempo, a visualização e percepção dos desenhos dessas trajetórias nos convidam, não só a ocupar e expandir nosso espaço pessoal, delimitado pelas nossas extremidades e pela nossa forma, mas também nos encaminham a chegar à posturas mais corretas, de acordo com nossa singularidade.
O uso do MAT complementa o trabalho. Acompanhar as linhas contínuas e pontilhadas, que representam os lados e as diagonais do corpo, nos faz respeitar mais nossa estrutura, na medida em que esse direcionamento nos leva a trabalhar dentro de nosso limite morfológico seguro, aumentando de forma significativa as ferramentas para que negociemos qualitativamente o que estamos praticando. Às vezes, ficar na linha significa, aparentemente, fazer um pouco mais “perto” ou um pouco “menor”, para não comprometer o espaço das articulações. Desta forma, não praticamos certas distorções em nossa estrutura natural, que são desnecessárias na maioria das vezes. Ao longo da carreira de um bailarino, são inúmeras as adaptações negativas que ocorrem na realização das coreografias, muitas vezes levando à lesões.
O RP2 é mais que um método: é uma atitude inteligente e ativa, onde alongamento e fortalecimento estão sempre entrelaçados.

Lilia Shaw - Bailarina do Balé da Cidade de São Paulo




- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -




RP2 – A RAIZ DAS ESTRUTURAS

Ao longo de nossa trajetória profissional nós, bailarinos, buscamos nos encaixar em padrões estéticos de movimento que melhor correspondam às exigências de nossa rotina. Estes padrões quase sempre nos direcionam para tentar alcançar performances físicas extremas e, muitas vezes, contrárias a nossa conformação física individual. Caminhamos então em busca de sermos mais fortes, mais resistentes, mais flexíveis e com a recuperação mais rápida. Mas onde nos perdemos afinal? Onde encontramos a raiz de nossas estruturas nesse caldeirão de desafios corporais?

À medida que essa busca pelo extremo, acontece num corpo onde não existe um reconhecimento de sua base estrutural, observamos cada vez mais movimentos sem domínio, e ficam em destaque as compensações musculares que é obrigado a realizar, a exposição das articulações às lesões e seu desequilíbrio. Foi nesse ponto que, ao entrar em contato com o MÉTODO RP2, reconheci o valor da descoberta das estruturas, repetidamente, lembradas pela Meg. Descobrir-se no MÉTODO RP2 é entender de onde nascem os movimentos, é estabelecer as raízes necessárias para um bom desempenho físico/artístico. E para nós bailarinos, que somos colocados diante de altas exigências físicas – grandes aberturas, saltos, giros e quedas –, reconhecer as raízes do corpo é vital para a sua manutenção, para o domínio das amplitudes com as quais ele entrará em contato e para o que considero mais importante: a longevidade de uma carreira.

Integrar-se com a respiração é estar no eixo. Afinal é preciso estabelecer um eixo para que se possa sair dele;
Descobrir o relaxamento é encontrar o equilíbrio das forças minimizando as sobrecargas;
Vivenciar as passagens é dar importância ao caminho que o movimento percorre até chegar na amplitude desejada, é saber de onde partir para alcançar o que se deseja;
A postura então é o resultado, é a colheita do que foi plantado e é, principalmente, o corpo em conexão com suas raízes.

Maercio Maia
Bailarino profissional e professor de dança contemporânea.
Como bailarino atuou no Grupo DanceAto (Diadema) e na Cia Fragmento de Dança (São Paulo),
sob a direção de Ana Bottosso e Vanessa Macedo, respectivamente.
Atualmente é bailarino e professor de dança contemporânea da
Companhia de Danças de Diadema e do grupo DivinaDança/SP.
Em sua trajetória foi intérprete de obras coreografadas por Luis Arrieta, Denise Namura,
Ana Bottosso, Carlos dos Santos Jr, Alex Soares, Gleidson Vigne, entre outros.






- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -




Querida Meg,

Gostaria de deixar aqui meus parabéns por seu método de alongamento, desenvolvido com muita seriedade ao longo de anos, o qual resultou em aulas deliciosas e concensuosas. Sua aula além de proporcionar prazer e resultados imediatos, proporciona saúde física, realinhamento corporal e meditação. Espero que você possa propagar seu trabalho ao máximo e obtenha cada vez mais apoios de entidades sérias.

Meus sinceros agradecimentos,

Dilênia Reis




- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -




Pude conhecer um pouquinho do que é o RP2 neste final de ano e sinto que depois de 30 anos de dança, dos quais 21 são profissionais, poderia ter tido um aproveitamento fisíco muito melhor se tivesse a oportunidade de conhecer a técnica antes, podendo não ter passado por tantas lesões uma vez que este método visa a prevenção.

Fazer alongamento, dependendo do físico de cada indivíduo, pode ser algo difícil e doloroso, além de que muitas vezes o resultado não é duradoudo, mas com o RP2 o alongar-se fica incrivelmente mais fácil, pode-se sentir a real melhora da elasticidade e o melhor de tudo: a Meg é de uma doçura e uma energia fantástica que só estimula (de maneira muito profissional e exigente) quem participa das aulas.

Só tenho que sentir muito não ter conhecido o RP2 e a Meg antes, e torcer para que eu possa ter esta experiência deliciosa novamente.

Obrigada!!!!!!!!

Liris do Lago




- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -




Querida Meg! Bom, primeiro dizer o enorme prazer ter te reecontrado, me parece um momento bem rico...

Linhas, cores, respiração, concentração, carinho, conexão, negocie, negocie, negocie, limite e tantas outras palavras que você nos trouxe.

Claro que com a nossa arte estamos habituados a ouvi-las, mas, não imaginei que ela caberia tão bem num trabalho de “alongamento”.
Aí claro, percebi que só poderia vir de uma ARTISTA como você, te conheci no palco e consigo fazer uma grande conexão - caminho neste seu percurso lindo. Meg dizer que ... seu trabalho é um realinhamento postural cheio de linhas e curvas corporais preenchidas de muita NEGOCIAÇÃO entre técnica e ARTE.

OBRIGADA PELAS MANHÃS.

Claudia Palma




- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -




Venho aqui dizer que estou muito satisfeita com o trabalho desenvolvido até o momento, nas aulas de alongamento - RP2 - no Balé da Cidade SP.
Um alongamento como esse, voltado à performance, é realmente muito útil no trabalho de Dança.

Sinto que, o modo como é conduzido, de um jeito contínuo, ligado, fluido, só traz benefícios ao corpo pelo fato de, a mim ao menos pareceu, não agredir as cadeias musculares, as articulações. Percebi que, mesmo quando o processo de alongamento atingiu planos difíceis de serem trabalhados anatomicamente, a atuação ocorreu de forma gradativa, e considero esse um fator importante para se alcançar bons resultados, pois respeitou-se minhas limitações, sem que fosse penoso demais ou exigisse grandes esforços do corpo.

Bruna Barbosa




- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -




F O T O S




fotos: Silvia Machado